Make up _ Anos 50

Durante a época da Segunda Guerra Mundial havia embalagem de maquiagem em forma de chapéu de uniforme militar. O pó-de-arroz vinha com um papelzinho avisando que a esponja de aplicar não viera em função do racionamento de matéria prima. Anos difíceis esses... enquanto os homens estavam na Guerra, muitas mulheres saíram de sua zona de conforto, mostrando que não ficavam em casa porque queriam, e sim por contingências da sociedade. É, mulheres sempre foram guerreiras!
Agora, vamos falar do apogeu do make up_os anos 50_Depois do fim da segunda guerra mundial, a escassez de tecidos e cosméticos chegou ao fim, a indústria cosmética e farmacêutica começou a evoluir, e aos poucos os  produtos de beleza começaram a ser mais visíveis nas lojas. As tradições e os valores voltaram a sociedade. Casar cedo, ter filhos, cuidar bem do marido e da casa, e ser a esposa mais perfeita era o modelo.

Enquanto Marilyn Monroe era um dos maiores símbolos da beleza da época e fazia do delineador gatinho um ícone de moda,  a Max Factor lançava  o corretivo (Erace) e logo depois o pó compacto (Creme Puff)  e mais tarde a base fluída. Saiba mais sobre essa década dourada de nossa história: de vida mais desejado pelas mulheres.
Na maquiagem dessa época, o que toda mulher queria era  uma pele perfeita, principalmente por esse fator significar muito na diferenciação social,  pele clara, na maioria das vezes bem pálida e aveludada. Dos cosméticos para maquiagem de pele mais usados nessa fase da história estão os clássicos; Pó de arroz (Pó solto, desde século XIX), o Pan cake (Base para maquiagem compactada em forno e solúvel em água criado em 1937) e a Pan Stick (Base cremosa em bastão giratório ou não criado em 1948 (Para a década de 1950 esses três produtos são herança das décadas anteriores e continuam em uso até os dias de hoje, porém perderam bastante espaço no mercado).

O ponto alto da beleza dos anos 1950 eram os olhos bem marcados, por isso a indústria cosmética oferecia infinidades em lançamentos; um verdadeiro arsenal em cores de sombras e lápis para olhos, lápis para sobrancelha e lábios, máscara de cílios e o delineador se tornam indispensáveis. Dos hábitos na hora de maquiar os olhos, era costume combinar a cor da sombra com a Iris dos olhos, com a cor da roupa, chapéu, unhas e joias, a maioria das sombras eram vendidas por cor em embalagens unitárias, mais tarde foram lançados estojos com 2 ou 3 cores de sombras em combinação  de tons claros e escuros. O delineador de olhos era quase sempre líquido ou em lapiseira e a máscara de cílios era indispensável na maquiagem dos olhos, nessa época a tecnologia oferecia uma máscara de cílios em forma graxa compactada para olhos, e a aplicação era feita com uma escovinha, mais a frente foi lançada a máscara com bastão próprio pela marca Max Factor com uma nova tecnologia de graxa mais líquida, que está em uso até os dias de hoje. Logo depois surgiu a versão colorida, mas esta,  somente  virou moda nos anos 1960.
O Blush nunca era o foco da maquiagem, pois a beleza estava na pele do rosto uniforme e clara. Fazendo deste um produto menos procurado nessa época.

Nos lábios o batom vermelho que reinou durante toda a década de 1930 e 1940 começa a dividir espaço com batons de cores mais claras principalmente por conta das mães, que com o costumes conservadores não deixavam suas filhas adolescentes usarem batom vermelho, que na maioria das vezes eram usados somente pelas mães, avós e tias porque o batom vermelho não era bem visto pela sociedade no rosto de uma jovem. Mas quem disse que as jovens daquela época queriam ser como a mãe, a avó ou a tia? Que nada! Elas justamente queriam ter a suas próprias identidades e serem diferentes, foi quando surgiu a moda dos batons claros, e mais tarde apareceu a textura cintilante no final da década; tons pastel, cores como lavanda, pêssego, rosa bebê, bege e outras cores pálidas até o branco virou febre entre as jovens abrindo espaço para a década posterior 1960.

Os anos dourados se tornaram a época mais elegante da maquiagem,  a moda era ditada principalmente pelas mulheres famosas como a miss universo e principalmente pelas atrizes da Televisão, que eram muito copiadas em tudo. Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, o das ingênuas chiques, encarnado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e o estilo sensual e fatal, como o das atrizes Rita Hayworth e Ava Gardner, como também o das pin-ups americanas, loiras e com seios fartos. Entretanto, os dois grandes símbolos de beleza da década de 50 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardott, uma mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e sensualidade. Marilyn Monroe eternizou o look dos anos 50, estabelecendo um padrão de símbolo de sexual que atravessou décadas até os dias de hoje. Os grandes costureiros dessa da década de 1950 foram Roger Vivier,  Hubert James Taffin de Givenchy, Cristobal Balenciaga, Christian Dior, Pierre Balmain, Guy Laroche, Nina Ricci e Yves Saint Laurent.